networking em eventos

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Posted on September 16, 2016

Evite armadilhas ao usar o chat no networking em eventos

O que você escreve num chat ou num programa de mensagens realmente expressa o que você está pensando? Mal-entendidos nesse tipo de comunicação, que mistura linguagem falada e escrita, são realmente comuns. Ainda que a linguagem de internet tenha se tornado mais e mais coloquial, usar o chat no networking em eventos ainda é basicamente um texto.  E utilizá-la de forma inadequada pode trazer problemas.

Os eventos mais modernos contam com apps que facilitam o contato entre os participantes. Fornecendo dados preliminares de perfil e interesses que orientam as decisões de contato. Em geral, em seguida à análise ocorre uma conversa via chat nativo do aplicativo. que pode resultar na marcação de uma conversa num intervalo da programação ou num happy hour. Aparentemente, tudo muito simples, mas um texto de chat esconde alguns segredos.

O discurso com os dedos

Em 2013, a apresentação no TED de John McWhorter, um professor de linguística da New York University, provocou repercussão com a cunhagem do termo fingered speech. Poderíamos traduzir como “discurso com os dedos”. Em um artigo escrito no ano anterior para o New York Times, ele já havia afirmado que a internet não estava matando a comunicação por escrito. Ao contrário do que muitos diziam. Na verdade, afirmou, trata-se de uma nova forma de discurso.

Para ele, o que estamos fazendo atualmente é falar com os dedos. Uma forma de comunicação adicional possibilitada pelas novas tecnologias. McWhorter destaca que a humanidade sempre teve pelo menos duas formas de comunicação. A escrita, mais elaborada e solene, e a falada, adotada no dia a dia, com coloquialismo e gírias.

A internet proporcionou uma terceira forma de comunicação, que ele compara às formas populares de arte, música, dança e moda.

Na sua opinião, haverá espaço para todas estas maneiras de ficar em contato uns com os outros.

Muitas das características dessa nova forma de comunicação vêm sendo apontadas ao longo dos últimos anos. Veja algumas dicas para ser mais preciso nos chats:

1. De quantas maneiras podemos rir?

Um exemplo da variedade da comunicação por escrito em e-mails, SMS ou programas de mensagens instantâneas pode ser exemplificada pelas formas de demonstrar hilaridade. Em inglês, o acrônimo LOL (laughing out loud) é quase onipresente para expressar várias formas de interação, mas tornou-se mais um sinal de empatia ou aceitação do que está sendo dito, conforme um artigo recente do Huffington Post.

Os brasileiros usam também o LOL em alguns contextos. Mas há uma grande variedade de formas de demonstrar que se está sorrindo ou rindo: “rsrsrs”, “kkkk”, “ahah”, “huahua”, “eheh”. Muitas dessas expressões também são utilizadas em inglês, o que gerou no ano passado uma reflexão sobre o “hehehe” na revista New Yorker, segundo o qual o sentido do “eheheh” ou “hehehe” (por sinal, lembrado como a risada do Scooby Doo) é mais malicioso, (ou, no Brasil, de alguém apanhado em contradição ou erro).

O Facebook fez um levantamento e concluiu que 51% usam “haha” (não no sentido Nelson Muntz, de Os Simpsons, naturalmente – uma risada sarcástica), 33% utilizam emojis e 13% usam “hehe”. O fato é que todos esses sinais representam formas diferenciadas de reação: “rsrs” como sorriso; “kkk” como risada, “ahahaha” como gargalhada.

2. O agressivo ponto final

Na comunicação escrita, o ponto final registra uma pausa ou a finalização de um pensamento. Na verdade, assim como a vírgula, a falta de um ponto pode causar confusão na compreensão de um texto. Porém, a pressa dos textos de internet e programas como o Twitter, que restringem o número de toques numa mensagem, fizeram com que seu papel diminuísse de importância.

Ou, então, mudasse de função. Em um divertido texto para a revista norte-americana New Republic, o editor Ben Crair chamou a atenção em 2013 para o fato de que o ponto final vinha se tornando um sinal de agressividade em textos de SMS ou mensagens instantâneas. Ele soaria áspero ou como um sinal de descontentamento e irritação diante de uma colocação anterior do destinatário da mensagem.

Para evitar esse efeito, as pausas passariam a ser marcadas por uma quebra de linha. Desta forma, a frase ganharia um ritmo mais semelhante ao da fala, com ênfases e pausas menos categóricas do que o ponto final, que indicaria a tendência a encerrar um determinado tópico de conversação. Uma pesquisa feita com estudantes da American University (Washington), aliás, indicou que apenas 39% dos estudantes usavam o ponto final em textos de SMS ou mensagens instantâneas.

Assim, no networking em eventos, cuidado com o ponto final: você quer iniciar, e não encerrar um relacionamento…

3. Das reticências… ao ponto de exclamação!

Um sinal de pontuação que ascendeu na preferência da linguagem de internet é o sinal de reticências. Ao invés de indicar uma pausa ou elipse (figura de linguagem que consiste em omitir um termo da frase que não foi enunciado anteriormente na frase, mas que pode ser identificado pelo contexto), as reticências servem para tudo, desde indicar uma pergunta até substituir termos que usamos como pausas na linguagem falada (no Brasil, por exemplo, o “né”).

O detalhe é que elas parecem indicar um pouco mais de intimidade com o interlocutor. Ou o desejo de mais intimidade, motivo pelo qual devem ser evitados nas fases iniciais do chat no networking em eventos.

Já o ponto de exclamação, que originalmente seria um sinal de “falar em voz alta”, o sentido original de exclamar, tornou-se mais um sinal de sinceridade e reafirmação sobre um ponto sobre o qual não se quer deix ar dúvidas. Muito útil para dissolver algum mal-entendido causado… pelo texto de internet.

É bem verdade que o ponto de exclamação mantém alguns dos seus significados originais, como demonstrar alegria ou contentamento – principalmente quando o contato realizado através do seu aplicativo para eventos resultar num excelente relacionamento!

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